quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Mini-bus e o grande investimento















Mini-bus em frente ao shopping Waterfront,
ao fundo, na foto acima, a Table Mountain

sobre o terceiro dia na África do Sul, a terça-feira (28-08)

Passou o segundo dia, aula novamente, comecei a compreender melhor as pessoas, entender algumas palavras mais do coreano, peguei mini-bus novamente, a ficha começou a cair e os primeiros sinais de saudade surgiram. O esforço pra falar inglês com todos é grande – temos que ficar conversando com estudantes das várias partes do mundo que estão aqui aprendendo a mesma língua. Esse esforço mental chega a me deixar zonzo, às vezes. Além do fuso horário, com diferença de cinco horas pro Brasil, que também nos deixa um pouco confuso. Que tal chamar de ‘confuso horário?’ hehe

Como curto demais música, é claro que eu trouxe alguns CDs pra viagem. A música é uma grande companhia, às vezes remédio para diversos males. E bateu aquela vontade de ouvir o português, nem que seja das músicas, mesmo que não fosse conversar com ninguém em português. O meu único contato com a língua materna tem sido jogar as palavras ao vento aqui no blog. Entrei no msn apenas uma vez, no domingo passado quando cheguei. Estou aqui escrevendo pro blog (21h40), ouvindo Nando Reis e seu excelente álbum Luau MTV. A música chamada ‘N’ lembra justamente quem amo e está longe nesse momento. “Espero que o tempo passe, espero que a semana acabe, para que eu possa te ver de novo. Espero que o tempo voe, para que você retorne, para que possa te abraçar e te beijar de novo. E agora como faço sem você?...” Ah, saudade que bate forte no peito!

Enquanto estou aqui no notebook escrevendo, o Oh está lá deitado na cama, rindo sem parar ao assistir um programa de comédia coreano num mini-play station. Ele também passa horas do dia jogando um game de guerra, conquistar territórios e tal no notebook dele. O Oh, 22 anos, é famoso por aqui, todos falam bem dele, dizendo que ele é ‘gente-fina’, parceiro e por aí vai. Sábado ele volta pra Coréia do Sul, fechando três meses aqui. Aí eu me torno o veterano no quarto e terei que auxiliar quem chegar.

Na minha turma da manhã no curso, são seis alunos. Eu e mais um brasileiro (só conversamos em inglês), o Alecssandro, um colombiano, o Jacobo, um turco, o Ismael, um da Costa do Marfim, o Ben, e um alemão, o Axel. Eram sete no meu primeiro dia, mas o francês, que já o vi por aí usando camisa da seleção brasileira, subiu um nível em seu curso. Na turma da tarde somos somente eu e o Alecssandro. Nas duas primeiras aulas da Pat, na tarde, aprendemos bastante sobre a história da África do Sul, Mandela, os países vizinhos, etc.

Hoje, quando acabou a aula, eu e Oh fomos ao centro de Cape Town procurar a tal assistência técnica pra ver o problema da minha câmera. Encontramos, a técnica analisou o problema e avisou que o concerto iria custar em torno de 900 randes. Fiquei apavorado e o coreano dizia ao meu lado ‘is expensive’ (é caro), mas pensei bem e mandei consertar. Comprar uma câmera nova custaria cerca de 4000 a 5000 randes. E também seria inimaginável ficar sem fotografar e ter recordação da viagem. O problema na câmera existia, era na lente, eu sozinho não resolveria e precisava consertar. Foi um investimento e não um gasto. Fotografar e poder contar as histórias com as imagens durante muito tempo. Deixei a câmera lá para buscar nesta quarta-feira à tarde.

Aqui tem lojas de marcas conhecidas, como Billabong, Ripcurl, Fórum, Lee e outras tantas por todos os lados, em shoppings, no centro, nos bairros. Mas nada se compara com uma marca em especial, a Levi’s. Está em todo o canto, tanto em loja própria, quanto dentro de lojas de departamentos, como a Edgar’s – uma loja do tipo C&A e Renner, porém com maior diversidade. O Oh sempre quer entrar na Levi’s, até hoje decidiu comprar uma calça, a sua primeira da Levi's. Estava faceiro pra caramba. E sempre me perguntando o que eu acho do preço, comentei que era normal pela marca. Os preços por aqui são na média parecidos com os do Brasil, a Cidade do Cabo parece ser extremamente moderna.

Depois das voltas pelo centro, pegamos dois mini-bus e voltamos pra ‘casa’. Assim, passou mais um dia, a terça-feira (28-08). No quarto ainda estudei antes de dormir e após fazer um lanche. Antes que eu me esqueça, o pessoal reclama bastante do almoço aqui do alojamento. Segunda-feira foi massa com guizado, massa com caldo de molho branco, mas já seco, e mais massa, essa sem molho. A cozinheira é quem serve e enche o prato até quase transbordar. Os estudantes fogem da comida daqui, comem na rua, dizem que todo dia é assim. Massa com massa, bastante carboidrato. Hoje também teve massa com batata.

Um comentário:

Cristiano Mendes disse...

Ta aí uma semelhança emtre Brasília e Cape Town... aqui também tem muito mini-bus....hehhehe