terça-feira, 23 de março de 2010

Versos para Mario Quintana

Bom, sou obrigado a apelar para a nostalgia, puxar dados remotos da minha memória... lembro quando gostei das primeiras poesias, adivinhem! Foram de Mario Quintana, claro. A partir daí, tentei descobrir algo que eu tivesse talento... que nada, nem pensei nisso, afinal de contas eu tinha uns dez anos de idade. Fato é que teve um concurso de Melhor Declamador Lobinho - sim, fui um antes de ser escoteiro e assumo - e resolvi arranjar um poema, decorar e me candidatar.

Sabe, havia lá um queridinho favorito ao título no concurso... e eu me sentia o patinho feio... mas meti a cara. Isso lá em Cerro Largo, cidade das Missões que morei durante minha infância. Tá, na biblioteca do colégio La Salle Medianeira descobri um livro do Mario Quintana e a poesia que escolhi era uma que estava nas últimas páginas já bem amarelas. Me apeguei à primeira vista. Aí o pirralho aqui subiu ao palanque... declamei com carinho e segurança, quem diria, ganhei o troféu em madeira lapidada com a frase 'Melhor Declamador Lobinho'. O poema é o único que nunca esqueci em quase trinta anos de vida.

Alma

Em nosso mundo interior
galopam brisas e ventos
que na cancha dos sentimentos
é um arco-íris no ar.

Por isso posso afirmar
com a mesma rima nos tentos
que a alma é um potro de ventos
que não se deixa levar.

obs.: posso me emocionar aqui ao terminar de escrever isso?
Ser feliz com pequenas e simples coisas da vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Impossível não se emocionar! Lindo demais!
Beijão

Fezinha