segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mídia: O Quarto Poder

Ética, profissionalismo, dinheiro, sucesso, audiência, jornalismo, piedade, compreensão, sobrevivência e culpa: o dicionário do filme O Quarto Poder. Está nas locadoras há alguns anos, já muitos podem ter assistido, mas quem não viu e, principalmente, o pessoal da comunicação então veja logo. Nos leva para uma reflexão interessante e importante.

Uma produção instigante pela sua problemática apresentada, uma obra de arte pela sua inteligência em abordar um tema polêmico da sociedade atual e transmitir através da cinematografia a realidade de um poderoso instrumento. Esse que pode, a partir do mais breve instante, deixar de ser uma profissão exercida por pessoas que optaram em ser os emissores/transmissores de informação. O jornalismo, para e por alguns, pode transformar-se num instrumento capaz de mudar o pensamento mais particular das pessoas, que somadas mudam as ideias de uma comunidade, a filosofia de um estado, os princípios de uma nação. Não só o jornalismo, todas as áreas da comunicação, a mídia em geral, o quarto poder.

Max Bracket (Dustin Hofmann) é um jornalista que já passou por muitos altos e baixos profissionalmente e agora está com a faca e o queijo na mão para transformar uma situação inusitada e até certo ponto cômica na matéria capaz de agitar os EUA, a sua população, os seus governantes, as empresas de comunicação e seus níveis de audiência. Sam Bailey (John Travolta) é um trabalhador que acaba de ser despedido do seu honesto e simples emprego, que sustentava sua mulher e seus filhos com dignidade. Fica confuso sobre a dificuldade iminente de dar o que comer a sua família e tenta tirar satisfações com o seu ex-empregador, porém armado e fazendo pressões. A condição de jornalista faz com que Bracket aproveite-se desta situação sensacionalmente e faça da indignação de Bailey, junto a sua ex-chefe, um assalto com reféns o qual toma proporções inesperadas.

A partir daí, assistimos ao filme interagindo, nos preocupando como Bracket e Bailey devem agir e pensar, se Bracket deve considerar a sua oportunidade de alcançar o auge profissional ou se deve prevalecer seu lado humano, ético, compreensivo e piedoso. Entretanto, este jornalista não espera que possa estar transformando a vida de um desconhecido no alvo frágil dos fortes controladores do poder midiático.

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